Cronologia Histórica


Idade do Ferro (meados do séc. VIII a.C. - último quartel do séc. I a.C.).    


Castro Mouro
Na Pena Alta, actual termo de Outeiro, junto ao rio Sabor, existiu um povoado fortificado com planta elíptica, restam vestígio de uma linha de muralha, um torreão e um fosso.
Portal do Arqueólogo - Castro Mouro/Pena Alta

 

Período Romano    

Encontra-se neste documento referência a uma via romana secundária, no planalto de Argozelo-Outeiro, que se admite ir encontrar com a via XVII em Babe.

Em 1999 foram achados dois fragmentos de estelas no lugar da carva .
Portal do Arqueólogo - Carva

1258    

Nas inquirições de 1258 mandadas efectuar por D. Afonso III não se encontram referências à localidade, mas a povoação já existia.
Outeiro fazia parte do senhorio do mosteiro de Castro de Avelãs, pela doação de D. Afonso Henriques das terras situadas entre os rios Maçãs e Sabor.

Arquivo Torre do Tombo online

1266    

O arcebispo de Braga, D. Martinho dá a conhecer o primeiro documento que dá notícias da localidade de Outeiro, onde diz que existiam muitas herdades e casais despovoados e que não encontrava quem os quisesse povoar, nem trabalhar os montes ainda por romper.
   

1270    

Em resposta ao arcebispo, Rodrigo Fernandes, reitor de Castro Roupal, desloca-se a Outeiro para ver os ditos campos e negociar com os povoadores o valor do foro.

É efectuada a carta de aforamento em latim, lavrada por João Arnaldo, tabelião público de Bragança, com os vários deveres que os novos povoadores de Outeiro teriam de respeitar.

Ver documento.
   

1282    

A localidade de Outeiro é fundada por D. Diniz que aí manda construir o castelo.
Portal do Arqueólogo Fortaleza do Outeiro/ Castelo do Outeiro
   

1287    

Outeiro é referenciado como sede da paróquia de Santa Maria de Octeyro.
   

1290    

Carta de escambo onde é situada a aldeia de “Outeiro de Muas” escrita por Afonso Rodrigues, procurador e povoador de D. Dinis em terras de Bragança e Miranda.

Essa carta localiza Outeiro de Muas junto à localidade de Outeiro de Miranda
Tudo leva a crer que a aldeia seria só uma, Outeiro de Muas o actual “bairro da Igreja” pertencia ao mosteiro de Castro de Avelãs e Outeiro de Miranda, na chã do outeiro, encontrava-se sob jurisdição do concelho de Miranda.

Outeiro recebe o seu primeiro foral a 7 de Dezembro de 1290 outorgado por D. Dinis, é fundado o município de Outeiro.
   

1313    

A 19 de Março, Outeiro é doado por D. Dinis a seu filho João Afonso.
Ver documento
   

1326    

D. Afonso IV, levado pelo ódio aos seus meios-irmãos, acusa João Afonso de traidor, condena-o à morte, confisca-lhe todos os seus bens, pelo que se depreende que Outeiro teria voltado para a Coroa.
   

1355    

A 28 de Agosto, os moradores de Outeiro vêem ser rejeitada a petição que haviam feito ao rei D. Afonso para que o lugar fosse elevado a vila e cercado de muralhas.
   

1369    

No contexto das guerras peninsulares, Outeiro é tomado pelos tropas castelhanas.
   

1383-1385    

As guerras com Castela e a crise da Independência, contribuíram para o despovoamento de Outeiro.
   

1386    

Mestre de Avis planeia tomar Outeiro, e devasta o seu castelo, passando de novo Outeiro a pertencer a Portugal
   

1414    

D. João I concede isenção do pagamento de tributo a todos os que construírem casas dentro da cerca do castelo, então terminado de construir.
   

1418    


Decorriam obras de alargamento da povoação e do perímetro amuralhado por ordem de D. João I

1421    

O infante D. Pedro pede a seu pai, D. João I, para formar um couto de homiziados em Outeiro.

O monarca defere o pedido a 15 de Março, autorizando cinquenta homiziados a viverem em Outeiro
   

1438    

Um documento desta data evidência uma ponte sobre o rio Sabor a caminho do castelo de Outeiro. Ponte de Parada.

Portal do Arqueólogo Ponte de Grijó-Parada-Outeiro

 

1440    

Outeiro, por carta de doação emanada por D. Afonso V, é doado a D. Afonso, filho de D. João I e primeiro duque de Bragança, a partir daí alcaide do Castelo de Outeiro
   

1449    

A 28 de Junho o castelo de Bragança, conjuntamente com o da cidade de Chaves, o castelo de Outeiro de Miranda e outras terras foi doado por juro e herdade por D. Afonso V ao primeiro Duque de Bragança.

D. Afonso V concede aos moradores de Outeiro de Miranda a escusa de velar o respectivo castelo
   

1493    

Provavelmente nesta data, o castelo de Outeiro mereceu a atenção de D. João II quando decidiu o «corregimento» das fortalezas de Trás-os-Montes.
   

1509    

Por cerca desta data, Duarte d'Armas fez a descrição do Castelo de Outeiro, em três desenhos, a planta, a vista de Lés-Nordeste e a vista de Oeste.

Livro das Fortalezas
   

1514    

A 11 de Novembro, Outeiro vê o seu foral abrangido pela reforma levada a cabo por D. Manuel I, é outorgado em Lisboa o novo foral da localidade.

A vila transferiu-se para o vale, começando a decadência do castelo. Ver documento.

http://www.matriznet.dgpc.pt/MatrizNet/Objectos/ObjectosConsultar.aspx?IdReg=34474
http://digitarq.adbgc.dgarq.gov.pt/details?id=1143496

 

1698    

26 de Abril, data de inicio da construção da  igreja Santo Cristo de Outeiro.

  

[1762-1900]

Villa de Outeiro na prov.a de Tras-os-Montes, com guarnição de 30 soldados destacados de Bragança



[1762-1900]

Planta da praça do Outeiro : cituada na prov.ia de Traz-os-Montez / por Pedro Pinto Agraço, Sarg.to Mor Engenhr.o


1753

1756

INFORMAÇÕES DOS PÁROCOS DE DIVERSAS REGIÕES DO PAÍS RELATIVAS ÀS CONSEQUÊNCIAS DO TERRAMOTO DE 1755

1757    

A confraria do Santo Cristo tinha, nesta data, catorze mil irmãos.
 

1758    

O cura Tomas Teixeira afirma a ruína e o abandono do castelo de Outeiro, não tendo qualquer utilidade militar.

Descreve ainda a situação do castelo:
“…tem duas torres, casas para morarem os governadores, e soldados tinha sua capela de Santa Luzia, porem esta, e as casas se acham quase demolidas, e danificadas as muralhas por rezam de não habitarem há anos os governadores na dita fortaleza.”


1762    

O Castelo de Outeiro encontra-se ao abandono e é tomado pelos Espanhóis
Plano del castillo de la villa de Outeiro


1797

1797

Champallimaud de Nussane (..Propondo embora a reconstrução do que fora destruído, cujo orçamento
anexa, o autor defende que “o lugar que se deve preferir, e fortificar, é o Outeiro (…),
tanto pela sua vantajosa situação como por se achar quase no meio da província de Trás-os-Montes, a uma légua das fronteiras de Espanha”, de que estabeleceu um esboço.) PORTUGALLIAE CIVITATES Perspectivas cartográficas militares

[1762-1900]

Uma planta do castelo, realizada por José Maria Cavanha, mostra ainda alguns quartéis e a Capela de Santa Luzia. Link

1768    

Execução das pinturas dos caixotões da sacristia da igreja do Santo Cristo de Outeiro, pelo pintor de Valhadolid, Damião Bustamante.


1853    

O Concelho de Outeiro é extinto.
Cartório Notarial de Outeiro    

1993    

Foram realizadas obras de solidificação nas ruínas do castelo.